Algumas substâncias podem ser produzidas pelo nosso próprio organismo e garantir uma série de benefícios para a saúde. Porém, quando seus níveis se desregulam, algumas consequências podem ser notadas à nível físico e emocional. Os radicais livres, por exemplo, preenchem funções importantes para a fisiologia do nosso corpo: auxiliam no combate aos microorganismos nocivos, no controle da pressão sanguínea e etc.
Então, afinal, quais os inconvenientes causados por essas moléculas? A gente te explica.
Acompanhe a leitura para entender melhor!
O que são radicais livres?
De forma resumida, podemos definir os radicais livres como fragmentos de moléculas que se resultam dos processos de produção de energia dos nossos tecidos, gerados nas células através da queima de oxigênio. Estes são considerados altamente reativos, já que possuem moléculas instáveis devido a falta de um elétron em sua formação. Ok, mas o que isso significa na prática? Acompanhe o raciocínio…
As categorias eletrônicas que envolvem um determinado elemento químico são denominadas por letras maiúsculas: K, L, M, N, O, P, e Q. Quanto mais distante as camadas estiverem do núcleo, maior a energia dos elétrons nelas localizadas. Os radicais livres possuem um número ímpar em sua última camada eletrônica, fazendo com que estejam sempre buscando adquirir ou ceder elétrons às demais células.
Inicialmente pode parecer algo inofensivo, mas devemos lembrar que ao passo que uma molécula é modificada, suas características e propriedades também serão. Ao se unirem com outras substâncias saudáveis, os radicais livres ativam uma série de traumas e lesões nos tecidos musculares e podem provocar reações com as proteínas e os lipídeos, o que causa a desestabilização dos mesmos, facilitando o aparecimento de uma série de desordens para a saúde, como:
- Enfraquecimento do sistema imunológico
- Envelhecimento precoce
- Catarata
- Artrite
- Estresse oxidativo e etc.
O que causa a produção excessiva de radicais livres?
Como dito anteriormente, os radicais livres são produzidos pelo próprio organismo. Mas claro, em condições e níveis normais e saudáveis. O problema é que alguns fatores, internos e externos, podem causar uma desordem na fabricação e liberação destes compostos, causando inconvenientes para o bem-estar.
Poluição:
Alguns poluentes do ar que respiramos possuem altos potenciais oxidantes. Como somos constantemente expostos a estes contaminantes, nossas células de defesa começam a ser atingidas e diversos processos inflamatórios são desencadeados, o que induz o estresse oxidativo e o aumento na produção de radicais livres.
Alimentação:
Uma dieta desequilibrada, rica em industrializados, açúcares e processados, é capaz de aumentar os níveis de gordura no fígado, o que estimula a produção e a liberação em excesso de radicais livres.
Álcool:
Em quantidades exageradas, o álcool é capaz de reduzir os níveis plasmáticos de antioxidantes no organismo, o que acaba prejudicando o nosso sistema de defesa e deixando o corpo mais vulnerável à ação dos radicais livres.
O papel dos antioxidantes
Vamos retomar ao início desse conteúdo…
Bom, nós já entendemos que os radicais livres são moléculas que possuem átomos com números ímpares de elétrons e que estes precisam alcançar a estabilidade para agirem de maneira completa no organismo, não é mesmo? Pois bem, é justamente nesse momento que os antioxidantes entram em ação.
Isso porque essas substâncias são capazes de “doar” o elétron que falta ao radical livre e ainda assim, se manterem estáveis. Isso garante uma redução da produção e liberação dos radicais livres e minimização do estresse oxidativo.
A potência desse sistema vai depender de uma série de fatores, sobretudo da alimentação. O consumo de micronutrientes, vitaminas, minerais e aminoácidos que contenham altos níveis antioxidantes pode contribuir consideravelmente para a minimização dos impactos nocivos dos radicais livres.