Dor, inchaço, vermelhidão e calor são só alguns dos sintomas da inflamação. Essa condição é desenvolvida a partir de uma resposta natural do organismo a infecções ou lesões teciduais. Quando há a tentativa de invasão de microrganismos ou qualquer tipo de alteração patológica/ traumática de um conjunto de células, o corpo ativa determinados mecanismos de proteção que acabam gerando os inconvenientes citados anteriormente.
Esses quadros podem aparecer em inúmeras áreas do corpo, como gengiva, intestino, ouvido e até mesmo no útero. Quando ativados de maneira frequente ou persistente, os processos inflamatórios podem acabar facilitando o aparecimento de diversas doenças, sejam elas infecciosas ou não, como artrite, psoríase, neuropatia e etc.
Tipos de inflamação
Mas nem toda inflamação é igual: há duas principais classificações para descrever a condição.
- Inflamação aguda:
De maneira resumida, podemos entendê-la como uma resposta inicial da lesão. No geral, esses episódios acontecem em períodos curtos e aparecem de maneira ágil. Suas principais características estão relacionadas a permeabilidade vascular, ao acúmulo de leucócitos e proteínas plasmáticas, a expansão do fluxo de sangue e etc.
- Inflamação crônica:
Quando a inflamação persiste por períodos mais longos, podemos denominá-la como crônica. Nesse caso o episódio pode estar atrelado a uma resposta aguda que não teve cura ou até mesmo se desenvolver de maneira insidiosa, ou seja, quando não há sinais tão evidentes. Fibrose, necrose, proliferação de vasos e aparecimento de linfócitos e macrófagos são as características mais comuns dessa condição.
Possíveis causas da inflamação crônica
Como dito anteriormente, uma inflamação tem início quando uma agressão ao organismo é identificada. O corpo entende que é preciso eliminar ou neutralizar tal agente, desencadeando uma série de reações de combate. Esse processo pode ser gerado por uma série de fatores, como:
- Sensibilidade
A hipersensibilidade pode ser um gatilho para o desenvolvimento de processos inflamatórios, isso porque nestes casos as reações podem acontecer de maneira inapropriada ou até mesmo exagerada.
- Doenças autoimunes
Desordens do sistema imunológico podem fazer com que o corpo não consiga reconhecer de maneira efetiva a presença de agentes realmente nocivos, atacando tecidos saudáveis equivocadamente. Esse processo acaba desencadeando uma série de doenças autoimunes, como a artrite reumatoide, a psoríase e o lúpus eritematoso.
- Exposição
Algumas substâncias não são facilmente eliminadas pelo organismo, como é o caso de determinados materiais irritantes e compostos químicos industriais. Uma exposição prolongada a estes ativos pode contribuir para o desenvolvimento de processos inflamatórios.
- Estresse oxidativo
O estresse oxidativo ocorre quando há um desequilíbrio entre a presença de compostos oxidantes e o desempenho do sistema de defesa antioxidante. O resultado desse processo está ligado à produção excessiva de radicais livres, à destruição de células saudáveis e ao aparecimento de inflamações.
Doenças relacionadas
A inflamação é um ponto comum entre algumas doenças, como é o caso:
Obesidade:
O tecido gorduroso contém altos níveis de macrófagos e eleva a produção de citocinas: agentes que acentuam o processo inflamatório.
Alergia:
As reações alérgicas são uma resposta exagerada do organismo à sensibilidade de determinados ativos. Nesse processo há a produção de citocinas e enzimas que causam dano tecidual.
Psoríase:
Na condição, as células da pele podem se multiplicar mais rápido que o normal, gerando uma desorganização do sistema imune. Há, geralmente, a formação de placas inflamatórias em inúmeras regiões do corpo.
Artrite reumatoide:
Essa doença autoimune é causada pelo ataque do próprio organismo às articulações. Quando recorrente, esse tipo de inflamação pode desencadear a erosão dos ossos e a deformidade da região.
Como evitar a inflamação crônica?
Como mencionado no decorrer desse conteúdo, a inflamação pode ser causada por uma série de fatores distintos. Mas é fato que algumas atitudes simples podem auxiliar e muito na redução desses episódios. Podemos citar três pilares principais: alimentação balanceada, movimento e sono reparador. Todas essas práticas são capazes de auxiliar na regulação do nosso sistema imunológico e anti-inflamatório.