Considerado o mal do século 21, o estresse tem afetado boa parte dos indivíduos.
Só para se ter uma noção, o nosso país ocupa uma das primeiras posições do ranking mundial relativo aos efeitos deste estado emocional: cerca de 70% da população brasileira já apresentou algum tipo de sintoma de esgotamento mental. Os dados são da Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse Brasil, a Isma-BR.
A gente não precisa nem falar que toda essa carga negativa acaba afetando a vida como um todo, né? Indivíduos que possuem sinais muito expressivos de exaustão psicológica podem acabar desenvolvendo uma série de outros problemas, como depressão, problemas de sono e até mesmo dores crônicas.
O que é o estresse?
Você provavelmente já deve ter vivenciado algum episódio de estresse. Isso porque o seu aparecimento pode se dar de diferentes formas e por diferentes fatores, afetando boa parte dos indivíduos. Acidentes traumáticos, situações de pressão excessiva ou até mesmo fatos cotidianos podem ser gatilhos para o desequilíbrio emocional.
O estresse nada mais é que a resposta natural do organismo a circunstâncias possivelmente ameaçadoras. Esses estímulos podem provocar excitação emocional e precipitar a produção de hormônios, como é o caso da adrenalina. Nestes momentos é comum que o indivíduo entre em estado de alerta e desenvolva alterações relativas à reação de luta ou fuga, também conhecida como reação de estresse agudo.
É importante ressaltar que tal condição irá variar muito de pessoa para pessoa, uma vez que sua sintomatologia pode depender de questões como maturidade, experiência, preparo fisiológico e etc. Em alguns casos, os sinais de estresse podem desaparecer espontaneamente com o passar das horas ou dos dias. Em outros, os indícios podem perdurar e acabar acarretando em uma desordem mais grave.
O estresse no corpo
Os sintomas desenvolvidos durante estes episódios afetam toda a estrutura corporal, entretanto algumas áreas podem ser mais afetadas que outras: cérebro, coração e músculos geralmente são as regiões mais atingidas. O estresse em si não é totalmente maléfico para o organismo, já que é uma resposta completamente natural do corpo. O problema está no excesso!
Indivíduos que vivem sob constante pressão, ameaça ou tensão podem acabar desenvolvendo o estresse crônico. Neste caso os sintomas são muito recorrentes e podem fazer parte da rotina e das relações interpessoais. Essa condição apresenta um risco iminente para a saúde, já que há uma desregulação nas taxas de cortisol, adrenalina e noradrenalina durante as crises.
Diante de situações que podem apresentar riscos para a integridade, o corpo acaba liberando algumas substâncias hormonais que se ligam aos receptores presentes no interior dos leucócitos, o que pode causar um enfraquecimento das atividades imunológicas e, consequentemente, propiciar o aparecimento de uma série de problemas, como:
- Dores de cabeça constantes;
- Temperamento explosivo;
- Distúrbios do sono;
- Dificuldade de concentração;
- Problemas de estômago;
- Aumento da pressão arterial;
- Desenvolvimento de doenças periodontais e etc.
Cortisol:
Produzido nas glândulas supra renais, o cortisol é um hormônio da família dos esteróides, sendo responsável por auxiliar a contenção dos níveis de açúcar no sangue, a redução de inflamações e até mesmo o controle do estresse.
Sim! Isso mesmo que você leu: a substância pode ajudar a frear o estado de exaustão aqui discutido. Como dito anteriormente, o mal está em sua hiperestimulação. Alguns hábitos simples, como praticar atividades físicas e apostar em uma dieta balanceada podem garantir o equilíbrio dos níveis deste composto.
Adrenalina:
Também conhecido como epinefrina, este hormônio deriva-se do aminoácido tirosina e é liberado no organismo quando o sistema nervoso simpático é estimulado. Em pequenas quantidades, pode auxiliar na regulação da pressão arterial e na melhora da saúde do coração.
Em níveis excessivos pode provocar a aceleração dos batimentos cardíacos, o aumento da pressão arterial, a precipitação da respiração, o endurecimento das artérias e a diminuição do fluxo sanguíneo.