Medicina alternativa, complementar e integrativa

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Você, ainda que não saiba, é adepto em algum nível da medicina alternativa, complementar e/ou integrativa. Quem nunca apostou em métodos naturais para amenizar os impactos de uma doença? Estamos, cada vez mais, reajustando o foco de nossas necessidades e refletindo sobre os atuais padrões que adotamos quando o assunto é saúde. A sociedade hoje, de maneira geral, busca valorizar o bem-estar em todos os níveis e possui a prevenção como gancho central de cuidado. Essa mudança de perspectiva acaba gerando impactos diretos nos conceitos e nas práticas adotadas pela medicina tradicional. 

Contexto histórico

A verdade é que a história da medicina nas suas mais diversas formas aconteceu e acontece de forma paralela com o avanço da própria sociedade. Desde os primórdios utiliza-se técnicas de cura baseadas em abordagens que envolvem medicamentos naturais, rituais, magias e etc. Com o passar dos anos e o constante avanço tecnológico, a indústria científica passou a se desenvolver tendo como base os conhecimentos adquiridos no que diz respeito à biologia, à física, à química e demais áreas do conhecimento. 

No século XVI as pesquisas referentes aos remédios começaram a ganhar força, principalmente a partir do estudo das plantas e demais substâncias com potenciais curativos. A indústria farmacêutica surgiu de fato após a Segunda Guerra Mundial, durante o período da segunda Revolução Industrial, gerando uma série de descobertas substanciais para o controle de doenças, sobretudo epidemiológicas.

Esse setor cresceu muito durante os últimos tempos e os remédios passaram a fazer parte da rotina da sociedade. Com a popularização dos fármacos e a possibilidade de compra, começou-se a recorrer com frequência a este mecanismo de cura. E é justamente aí que está o problema! O consumo indiscriminado destes compostos pode gerar uma série de prejuízos para o organismo.

Só para se ter ideia, segundo o Conselho Federal de Farmácia, cerca de 77% dos brasileiros fazem a utilização de medicamentos sem que haja uma orientação médica. Embora pareça algo inofensivo, a prática pode ser a causa de 18% das mortes por envenenamento no nosso país. É o que mostra dados da Anvisa. 

Além disso, a automedicação pode causar diversos outros problemas, como:

  • Reações alérgicas;
  • Dependência;
  • Intoxicação;
  • Resistência do organismo;
  • Paradas respiratórias;
  • Arritmias e etc.

Uma alternativa saudável

É inegável que os cuidados com a saúde refletem muito de uma época da história e de uma sociedade. Essas definições vão muito de acordo com os contextos e bagagens culturais de cada localidade. O modelo ocidental seguido é o biomédico, que tem sido alvo de muitas críticas nos últimos anos. Isso porque sua metodologia se baseia em conceitos curativos individualistas, não abrangendo os aspectos da saúde integral. As frustrações com essa abordagem acabam levando muitas pessoas a buscarem tratamentos alternativos, que visam minimizar os impactos do sistema médico tradicional. 

A medicina alternativa, complementar e/ou integrativa vêm na contramão do conceito biomédico, já que busca analisar aspectos terapêuticos sobre as mais diversas questões, não focando somente no diagnóstico e na explicação científica que designa uma enfermidade.  

Por isso, no final da década de 90, buscando consolidar um novo paradigma que integrasse todos os modelos alternativos de cuidados com a saúde, criou-se o termo “Medicina Integrativa” (MI). A Organização Mundial da Saúde define como MTCI o conjunto de práticas adotadas para o cuidado e bem-estar, incluindo as técnicas da medicina tradicional. 

Medicina alternativa

Aplicação dos conceitos não convencionais de cuidados com a saúde em substituição à medicina tradicional.

Medicina complementar 

Aplicação dos conceitos não convencionais de cuidados com a saúde utilizados em conjunto com a medicina tradicional.

Medicina integrativa

União dos conceitos convencionais e não convencionais de cuidados com a saúde em uma perspectiva que considere o indivíduo como um todo.

Em resumo, podemos dizer que as técnicas que envolvem essas terapias constituem uma poderosa ferramenta de personalização do cuidado, já que visam analisar as individualidades e particularidades de cada parte que constitui o todo de um paciente. As MTCI’s promovem uma visão macro da doença e por isso são capazes de garantir um processo de cura mais humanizado, que também considere aspectos culturais, sociais, sanitários e etc. O Brasil avança cada vez mais no assunto, sendo referência ao compreender tratamentos das práticas integrativas em seu sistema de saúde, o SUS

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